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Caixa Econômica Federal faz 160 anos e Sindicatos de todo o país farão mobilização nacional contra privatização e desmontes

A Caixa Econômica Federal completa 160 anos de existência no dia 12 de janeiro e as comemorações em todo o país serão marcadas pela Campanha de Valorização dos Bancários (as) da Caixa, lançada no dia 28 de dezembro de 2020, e com sua finalização no aniversário da instituição com a mobilização de um Dia Nacional de Lutas. Em Guarulhos, a atividade acontecerá na agência 250 da Caixa, localizada na avenida Salgado Filho x avenida Tiradentes, a partir das 9h (previsão de encerramento ao 12h) e o objetivo é mostrar para a sociedade a importância dos trabalhadores e trabalhadoras que se dedicam para manter a Caixa forte e atuante para todos os brasileiros e brasileiras.  Participam da mobilização a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) e Sindicatos dos Bancários de todo o país.

 

O déficit de bancários e bancárias da CEF atingiu a marca de 19 mil postos em todo o país e é uma das reclamações mais frequentes da categoria e durante o período de pandemia o problema se agravou, isso porquê enquanto alguns trabalhadores e trabalhadoras foram remanejados para o home office, o acúmulo de trabalho que já era grande se agravou ainda mais, vide o exemplo do atendimento à população que buscou o Auxílio Emergencial e as filas que se formaram nas portas das agências de todo o país, soma-se a isso o atendimento das demandas de rotina que não foram suspensas no período. “É preciso valorizar quem esteve e ainda está na linha de frente, mas ao mesmo tempo é preciso contratar. A CEF precisa urgentemente contratar bancários e bancárias para equilibrar o volume de trabalho de maneira justa para aqueles que atendem nas agências”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, Luis Carlos dos Santos.

 

Fato é que para atender mais um terço da população brasileira que procurou a CEF para o recebimento do auxílio só foi possível graças aos esforços dos empregados e empregadas, que se dedicaram de maneira exaustiva para que as pessoas que mais precisam não ficassem sem o dinheiro, enfrentando a inanição do governo e o alto risco de contaminação pela Covid-19. “Durante esse primeiro período da pandemia, a única coisa que Bolsonaro e sua base aliada fizeram foi impor metas abusivas, que em alguns casos aumentaram até 200%, e a privatização fatiada da empresa”, continuou Santos. O ataque à Caixa se deu através da Medida Provisória 995, que previa o fatiamento das áreas mais rentáveis do banco e que apesar de ter perdido sua validade em dezembro do ano passado, deve ser reformulada e reapresentada para que a privatização aconteça em fevereiro de 2021.

 

Pandemia e Covid-19 – Em números absolutos, a Caixa pagou o Auxílio Emergencial para aproximadamente 67 milhões de brasileiros, mas os verdadeiros responsáveis pelo cumprimento de seu papel social não foi nem de longe o governo federal, mas dos bancários e bancárias que atenderam ainda outras 50 milhões de pessoas que buscaram os serviços da CEF para atendimento de outras demandas.

 

“O que mais impressiona é que mesmo com tamanho esforço, o reconhecimento recebido foram as cobranças por metas abusivas e desumanas. Tudo nos leva a crer que a intenção do governo não é somente desmontar a empresa, mas desestabilizar emocionalmente os bancários e bancárias que desempenharam um papel excepcional durante a primeira onda da pandemia, que ainda não acabou, diga-se de passagem”, explicou Santos. Os trabalhadores e trabalhadoras também esbarraram em jornadas que variam entre 10 e 12 horas diárias, o que tem adoecido milhares e milhares de bancários (as).

 

A campanha e o Dia Nacional de Lutas também defenderão a extensão do trabalho em home office para aqueles que compõem o grupo de risco, já que os protocolos adotados pelo Saúde Caixa e construídos em parceria com os empregados e empregadas foram um dos mais eficientes entre as instituições (públicas e privadas) do Brasil. “Com o número de infecções em ascensão, o distanciamento social segue sendo a maneira mais eficaz de se proteger contra o coronavírus. A Caixa havia prorrogado esse esquema de trabalho até o final de janeiro, mas precisamos que o prazo seja prorrogado até que a vacina comece a ser aplicada e que os números caiam, para que ninguém seja colocado em risco desnecessário. Esse é uma das nossas prioridades, defender a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu o presidente do SEEB.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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