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Cinco meses após início da pandemia, Brasil ultrapassa 100 mil mortes

O Brasil ultrapassou neste sábado, dia 8, a triste marca de 100 mil mortos pela Covid-19. Cinco meses se passaram desde o início da crise sanitária e mais de cem mil famílias choram a perda de seus entes queridos, sem direito a despedida e com um presidente debochado que em live no dia anterior recomendou “tocar a vida” quando falou sobre as perdas, como se cada vida perdida fosse apenas uma estatística, Bolsonaro pisa nos corpos para incentivar que a vida continue igual, apesar dos riscos que todos os brasileiros correm com a infecção.

 

Estamos na contramão do mundo.  Quando países como Estados Unidos, Espanha, Itália e Inglaterra viviam a realidade das mil mortes diárias, o Brasil registrava 200 mortes diárias, isso em abril.

 

Desde então, os líderes dessas nações trabalharam duro e viram as estatísticas de novas mortes despencarem. Em terras brasileiras, o líder máximo da nação recomendou remédios sem comprovação científica, incentivou e participou de aglomerações e viu suas ações refletidas em números de óbitos, com o ritmo subindo mais do que dez vezes desde maio.

 

Em abril, registrávamos 445 mortes, mas fechamos o mês com mais de seis mil, uma média de 185 óbitos por dia. Em maio, esse número subiu para uma média de 700 perdas por dia e em julho já ultrapassávamos a casa do milhar, sem dúvidas o pior mês da pandemia.

 

Em contrapartida, liderados por Bolsonaro, foi o mês em que os brasileiros resolveram abandonar o isolamento social e voltar a uma vida “normal”. Começaram com pequenas aglomerações entre amigos e familiares e fecham o mês com grandes festas, churrascos, retornando ao convívio social em bares, restaurantes e pizzarias, confraternizando em cima dos corpos enterrados pela doença e pela incompetência do governo.

 

A hashtag #Bolsonaro100mil chegou aos trend topics do Twitter, já que o Brasil é o segundo país no mundo a alcançar o número, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

 

Com sua frase “vamos tocar a vida”, Bolsonaro lava suas mãos sobre a crise sanitária que atinge o país com tamanha gravidade, mas o faz em uma bacia de sangue, como bem pontuou Lima Duarte.

 

 

 

 

 

 

 

 

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