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Diretoria protesta contra demissões no Itaú em agência do Centro de Guarulhos

A manhã desta terça-feira, dia 14 de outubro, foi de luta e protesto para os bancários de Guarulhos e Região e para os trabalhadores de todo o país que se uniram em um Dia Nacional de Luta contra as demissões e o fechamento de agências do Itaú. Em Guarulhos, a diretoria do Sindicato se reuniu em frente à agência 046, localizada na avenida Capitão Gabriel, para conversar com a categoria e conscientizar a população sobre as dificuldades enfrentadas pelos funcionários que os atendem diariamente em suas demandas.

Durante a atividade, a diretoria entregou um informativo para os clientes sobre as demissões em massa e o fechamento de unidades em todo o país, alertaram sobre as condições de trabalho impostas pelo banco, que tem registrado lucros bilionários enquanto reduz postos de trabalho e sobrecarrega os funcionários com metas abusivas. O ato também buscou chamar atenção para o adoecimento mental da categoria, que hoje figura entre as mais afetadas por transtornos psicológicos no Brasil.

“O Itaú lucra bilhões ano após ano, mas trata seus funcionários como números. As metas abusivas e as demissões em massa estão adoecendo a categoria. A gente não pode aceitar um modelo em que o lucro vem acima da vida, acima do respeito e acima do consenso”, afirmou o secretário-geral do Sindicato e bancário do Itaú, Adjackson Morais.

Fechamento de agências – Nos últimos anos, o Itaú vem promovendo o fechamento de centenas de agências em todo o Brasil, especialmente em cidades pequenas e médias, o que tem impactado diretamente trabalhadores e clientes que dependem do atendimento presencial. A redução das unidades físicas resulta em menos empregos, aumento das filas e piora na qualidade do serviço prestado. Essa política de enxugamento e digitalização forçada evidencia que o banco prioriza o lucro em detrimento do seu papel social e do compromisso com a população.

“O fechamento das agências tem ampliado o sofrimento dos trabalhadores e da população. Cada dia que passa está mais difícil ser bancário. Quem olha de fora vê a agência com ar-condicionado e funcionários bem arrumados, mas não imagina o que esses trabalhadores enfrentam por dentro. São metas abusivas, cobranças constantes e um adoecimento psicológico crescente. Quando o bancário adoece, o banco o descarta, como se fosse um número”, afirmou Marisol Alves, secretária de Saúde do Sindicato e bancária do Itaú.

A diretora Silvana Kaproski destacou a contradição entre o lucro bilionário do banco e o desrespeito com os trabalhadores e a população. Ela criticou o fechamento de agências, que tem sobrecarregado o atendimento e aumentado o tempo de espera dos clientes, principalmente em regiões onde o acesso a serviços bancários é limitado. 

“Fechar agências e desligar funcionários sem diálogo não é um procedimento correto. Cada agência que fecha significa mais filas, mais espera e mais sobrecarga para quem fica. O Itaú lucra bilhões e patrocina grandes eventos, mas não pode esquecer do trabalhador e da trabalhadora, que são a base de tudo isso”, destacou Silvana Kaproski, bancária do Itaú.

Marketing vai na contramão da realidade – Toda a situação descrita evidencia a contradição entre o discurso publicitário do Itaú, que se apresenta como um banco “feito para pessoas”, e a realidade enfrentada pelos trabalhadores. Na prática, a instituição adota uma gestão pautada em metas abusivas e em um processo de digitalização que exclui funcionários e clientes, sem garantir requalificação ou segurança para quem está na linha de frente do atendimento.

“O Itaú fala em pessoas, mas suas ações mostram o contrário. São metas inatingíveis, pressão constante e demissões em massa. A tecnologia deveria servir para melhorar a vida dos trabalhadores e dos clientes, não para substituir ou descartar quem faz o banco acontecer”, concluiu Gilmar Hermano de Oliveira, diretor do Sindicato e bancário do Itaú.

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