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Santander cria motor de adoecimento e garante o “prêmio” de 1° Banco a demitir durante a pandemia

Qual seria o papel de uma grande empresa, consciente de seu papel social, durante a maior crise sanitária mundial? E se essa empresa, ao contrário da maioria, obtivesse lucro líquido de R$ 3,77 bilhões no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 10,5% se comparado ao mesmo período do ano passado?

A resposta mais óbvia seria estar à frente das outras empresas em relação à prevenção ao Covid-19 e garantia de emprego e renda, certo?

Seria, mas não é! O Banco Santander, a tal empresa, é especialista em marketing e propaganda sobre suas posições “solidárias”, mas na prática enfraquece seus Protocolos de Segurança, expõe clientes e funcionários, cria um novo sistema de cobrança diária por metas, o Motor de Vendas, aumentando o desgaste psicológico de seus funcionários, e é o primeiro banco a demitir durante a pandemia, contribuindo com o agravamento da crise econômica no Brasil.

Ao menos sete foram dispensados na Regional Guarulhos, o que não aconteceu em nenhum outro país.

O Sindicato tem recebido reclamações sobre o ambiente insalubre em que as agências se tornaram durante a maior crise sanitária do século XXI. “Preocupados com a prevenção do Covid-19, preocupados em bater as metas e agora preocupados em não sermos demitidos, saímos daqui todos os dias com dor de cabeça, tensos, com dor de estômago, sem dormir direito…” relata um funcionário.

“É meta, desafio, objetivo, motor, etc. Está ficando insuportável! ”, diz outro.

Fazendo coro com setores do Governo Federal, que defendem a abertura rápida da economia, diretores de Rede, superintendentes Regionais e gestores de agências têm enviado periodicamente vídeos, mal interpretados, constrangendo quem está afastado ou em home office, além da cobrança de metas.

Nem mesmo a morte de uma bancádia por Covid-19, em Limeira, rompe com a insensibilidade do banco. “O Santander age como se tudo estivesse normal, mas as pessoas perderam renda, as pequenas empresas estão com problemas e, o pior, estamos todos sob o risco de uma doença contagiosa e pouco conhecida. Não é humano afrouxar protocolos de segurança e demitir as pessoas, muitas delas pais e mães, enquanto os números de mortes só aumentam”, afirma Jessé Costa, funcionário do Santander e diretor do Sindicato.

O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) Santander, têm recolhido denúncias e cobrado uma postura de respeito aos bancários e bancárias, além do reconhecimento pela produção de 29% do seu lucro mundial aqui no Brasil.

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