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Setembro Amarelo: precisamos falar sobre prevenção ao suicídio

Como forma de conscientizar e alertar as pessoas sobre o suicídio, surgiu o Setembro Amarelo, mês em que são realizadas campanhas para levar um assunto tão delicado ao seio das famílias em todo o país.

Idealizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria, Setembro foi o mês escolhido para fomentar a prevenção ao suicídio e promover a saúde mental e o apoio àqueles que sofrem com a depressão.

A campanha – que envolve diferentes esferas da sociedade – tem ganhado visibilidade a cada ano e tem quebrado o tabu de se falar sobre um assunto tão delicado, mas que precisa ser abordado para que possamos entender as questões que geram sofrimento a milhares de pessoas e para que possamos auxiliar amigos e familiares que sofrem em silêncio.

Os dados são alarmantes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma pessoa tira a própria vida a cada quatro segundos no planeta, 800 mil pessoas morrem em decorrência da depressão todos os anos e o Brasil ocupa a oitava posição desse ranking.

Mas é possível evitar essas mortes prestando atenção nas pessoas que nos rodeiam, tratando a depressão como a doença que ela é, que exige tratamento e cuidados médicos, que não se trata de frescura, mas sim de uma patologia.

E quando falamos sobre trabalho, os dados dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema financeiro assustam. Entre 2009 e 2017, o número de bancários e bancárias afastados de suas atividades por transtornos mentais teve hm crescimento de 62%, segundo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Metas abusivas, cobranças descabidas, assédio moral e exposição dos resultados individuais são alguns dos fatores que podem agravar o quadro daqueles que já sofrem com a depressão ou ainda servirem como gatilho para o desenvolvimento da doença. Tudo isso aliado à pandemia pelo Coronavírus podem piorar ainda mais a situação. “Pessoalmente falando, precisamos exercer a nossa empatia e prestar atenção nos pequenos detalhes, nos colocando a disposição para aqueles que precisam de nós. Já os bancos precisam implantar uma política séria contra os abusos que os gestores cometem contra a categoria, eles precisam olhar para essa questão da saúde mental com muita atenção, eles têm a capacidade de evitar muitos problemas e desdobramentos indesejados”, explicou a secretária de saúde e diretora do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, Daniela Cucio.

Procure ajuda – se você tem passado por momentos difíceis, seja na vida pessoal, seja no trabalho, procure ajuda profissional, converse com pessoas em quem possa confiar ou procure o Centro de Valorização da Vida, os voluntários estão prontos para te ouvir, sem julgamentos ou apontamentos.

Telefone CVV – 188.

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