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Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região conectados na luta contra o racismo no local de trabalho

Com o apoio da diretoria do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, a Central Única dos Trabalhadores SP (CUT) lançou nesta sexta, 13, um canal de denúncias contra o racismo no local de trabalho com o objetivo de coletar as queixas e fazer o atendimento jurídico gratuito a esses trabalhadores e trabalhadoras. Estiveram presentes no lançamento os diretores do Seeb Gru Adaílton Patrício do Nascimento, Jessé Costa, Júlio César Macedo, Luís Marques, Gilmar de Oliveira e Renato Fantini.

 

 

Durante o evento também foi lançada a 1ª edição do Guia Antirracista que apresenta quais são os direitos de quem passou por situação de racismo em seu local de trabalho e como buscar justiça para esses casos.

 

 

A secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva, destacou a importância das parcerias realizadas até o nascimento do canal de denúncias.

 

 

“Além de discutir o tema com os sindicatos e a sociedade como um todo, a CUT promove ações efetivas de combate ao racismo. A criação de um canal de denúncias é fundamental num país racista como o Brasil, nesses 134 anos de uma abolição inacabada”, afirmou a dirigente.

 

 

Em referência a essa realidade, a secretária de Assuntos Jurídicos da CUT-SP, Vivia Martins, exemplificou com sua própria história de vida.

 

 

“Eu sou uma mulher preta, mãe solo de duas meninas e tive que criar minhas filhas nesse mundo cão. Então, hoje, eu vou dizer para elas: ‘tá vendo essa cartilha aqui? tem o nome da mãe, que lutou para vocês não sofrerem preconceito como eu sofri, para vocês saberem se defender’”, disse a dirigente, enquanto mostrava o Guia Antirracista.

 

 

Para a secretária adjunta de Combate ao Racismo da CUT Nacional, Rosane Fernandes, o racismo deve ser discutido em todos os âmbitos da sociedade.

 

 

“O racismo é uma estrutura de poder e ele determina em nossa sociedade quem é que vai ter voz, quem é que vai ter vez e quem serão as pessoas que terão oportunidade”, pontuou.

 

 

Nesse sentido, o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, destacou como é preciso repensar os valores culturais discriminatórios enraizados nas estruturas sociais.

 

 

Na mesa de abertura, ele falou sobre a importância do samba e das religiões de matriz africana como heranças trazidas pelo povo negro, a partir da diáspora africana. E chamou atenção para o significado da vitória da escola Acadêmicos do Grande Rio no carnaval, que desmistificou a figura do orixá Exu, uma divindade que atua como comunicador e mensageiro entre os seres humanos e o mundo espiritual.

 

 

“Enquanto houver racismo, temos que continuar lutando, pois não podemos admitir a discriminação. Todos temos que lutar independente da raça. Temos que ter uma sociedade onde todos tenham as mesmas oportunidades”, disse Izzo.

 

 

Para essa luta, a secretária de Formação da CUT-SP, Telma Victor, falou sobre o enfrentamento do racismo nas escolas, assim como a implementação da Lei 10.639, de 2003, que determina a obrigatoriedade da presença da história e cultura afro-brasileira e africana no currículo oficial da rede de ensino.

 

 

“A promulgação dessa lei foi um dos primeiros atos do ex-presidente Lula. É pela educação que temos que começar a mudar”, disse Telma.

 

 

 

Canal de Denúncia

Para requerer a assessoria jurídica, as pessoas vítimas de racismo podem entrar em  contato com a Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-SP por meio do WhatsApp (11) 94059-0237 ou pelo e-mail bastaderacismo@cutsp.org.br.

 

 

Quem quiser assistir o evento na íntegra, o vídeo está disponível na página do facebook da CUT-SP (facebook.com/saopauloCUT) ou no canal do Youtube: youtube.com/CUTSaoPaulo.

 

Crédito texto e imagens: CUT/SP

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