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Vídeos dão nomes e rostos ao drama das demissões nos bancos

A saúde financeira do sistema bancário parece ter sido uma das poucas a não sofrer grandes abalos após oito meses de pandemia de Covid-19 no país. A economia brasileira começou o ano com registro de “pibinho” por falta de ações do governo pela recuperação da economia. De março para cá, a situação só se agravou. O tombo previsto para o PIB no ano é superior a 5%. Empresas perderam negócios e trabalhadores perderam empregos. O desemprego explodiu, para mais de 14%. Com medo da inadimplência, os três maiores bancos do país aumentaram suas provisões. Por isso, o lucro líquido alcançado por Bradesco, Itaú e Santander entre janeiro e setembro deste ano foi de “apenas” R$ 34 bilhões. Apesar da saúde sólida, as demissões nos bancos não pararam de ocorrer.

Entre março e abril, Bradesco, Itaú e Santander haviam se comprometido, em negociações com os sindicatos da categoria, que não haveria demissões durante a pandemia. A onda de contágios ainda não acabou, o país chega a 6 milhões de casos, as mortes em decorrência de Covid-19 voltaram a rondar a casa do milhar por dia e já somam 164 mil vidas perdidas. Mas, se a pandemia seguiu de pé, a palavra dos bancos, não.

Demissões nos bancos têm nome e rosto

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do governo, houve quase 13 mil demissões no sistema financeiro em nove meses. O Bradesco, sozinho, deixou sem trabalho mais de 2.000 pessoas entre de 28 de setembro pra cá, de acordo com os bancários. Uma das reações encontrada pelos sindicatos e a confederação nacional da categoria foi recorrer às redes sociais para denunciar o trio de bancos que agravou a situação da economia do Brasil.

Uma série de vídeos vem sendo divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Gravadas por atores, as mensagens são baseadas em relatos de personagens reais, de funcionários que não podem se expor, tidos como exemplares por Bradesco, Itaú e Santander. Expressam o sentimento de traição dos bancos ao promover demissões de empregados que passaram anos cumprindo com suas obrigações. Postados no canal da entidade no YouTube, os testemunhos de ex-bancários dos três maiores bancos do país já tiveram mais de 52 mil visualizações.

 

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