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Mobilizações em defesa do Saúde Caixa são intensificadas e chegam a Ferraz de Vasconcelos

Na manhã desta sexta-feira, 20 de junho, o Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região esteve presente em duas agências da Caixa Econômica Federal em Ferraz de Vasconcelos como parte das mobilizações nacionais em defesa do Saúde Caixa. A atividade dá continuidade ao Dia Nacional de Luta realizado no último dia 17, quando dirigentes sindicais marcaram presença em três agências de Guarulhos para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras sobre os riscos que ameaçam a sustentabilidade do plano de saúde.

A mobilização tem como principal objetivo pressionar a direção do banco a retomar o diálogo com os representantes da categoria e apresentar soluções concretas para o impasse que ameaça um dos maiores patrimônios dos empregados da Caixa: o modelo solidário e de autogestão do Saúde Caixa.


Durante o bate-papo com os bancários e bancárias, Roberto Leite, diretor e funcionários da instituição, explicou as principais ameaças ao plano de saúde e alertou para a falta de comprometimento da direção do banco. “A Caixa sinalizou que poderia remover do estatuto o teto de 6,5% de contribuição sobre a folha, que limita os repasses ao plano. No entanto, fez alterações estatutárias sem cumprir essa promessa. O teto é hoje o maior obstáculo para mantermos o modelo atual, baseado na solidariedade, e não no lucro”, criticou.

Segundo Leite, o Saúde Caixa vem sendo sufocado financeiramente desde 2017, quando esse teto foi imposto unilateralmente. Com o encolhimento do quadro de empregados, de mais de 100 mil para menos de 87 mil nos últimos anos, a base de financiamento do plano foi enfraquecida, e a proporção de contribuição entre empresa e empregado se desequilibrou. “Hoje a Caixa não tem mais arcado com os 70% previstos no nosso acordo. Isso empurra o plano para uma lógica de mercado e quebra com o pacto intergeracional que sempre sustentou o Saúde Caixa”, alertou.

O dirigente ainda denunciou ainda a tentativa da Caixa de substituir o modelo atual por um sistema baseado em faixas etárias, o que, segundo ele, “beneficia apenas o mercado de planos privados” e penaliza os trabalhadores, especialmente os mais velhos. “A saúde não pode virar negócio. Nosso modelo de plano é mutualista, solidário. Todos pagam o mesmo valor, mas quem usa menos ajuda a custear quem precisa mais. Isso é justiça, isso é coletivo”, defendeu.

A mobilização deve seguir com intensidade nos próximos meses. “Se for necessário, vamos parar. A direção da Caixa não tem demonstrado preocupação com o plano, então é nossa responsabilidade aumentar a pressão. A saúde dos trabalhadores não está à venda”, concluiu Leite.

 

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