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Selic em 10,5% gera protestos em todo o país; Bancári@s de Guarulhos reivindicam em frente ao Banco Central, em São Paulo

O frio e a chuva não foram capazes de impedir o protesto contra a política monetária do Banco Central e para pressionar o Comitê de Política Monetária, o Copom, que se reúne hoje e amanhã para decidir a taxa básica de juros, que está em 10,5%. O Movimento Sindical organizou manifestações em todo o país na manhã desta terça, dia 30. Em São Paulo, a atividade aconteceu na avenida Paulista, em frente ao prédio do Banco Central e reuniu representantes de várias categorias e centrais sindicais, inclusive @s diretor@s do Sindicato d@s Bancári@s de Guarulhos e Região.

 

“Estamos lutando contra essa taxa absurda que só beneficia banqueiros e rentistas, impedindo o crescimento da economia, geração de emprego e que atrapalha qualquer investimento estrangeiro no país. Esse mote também faz parte de nossa Campanha Salarial, porque esse índice absurdo afeta diretamente a nossa categoria”, pontuou Roberto Leite, secretário de Formação do Sindicato.



No último encontro, a entidade monetária manteve o índice em 10,5%, rompendo com o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, após intensa pressão popular, de setores produtivos e do governo federal.



Nas atas de decisão sobre a Selic, o Copom vem justificando como razão para o índice elevado o controle da inflação.

 

“Mais uma vez é importante salientar que um dos papeis do Sindicato é lutar por conquistas para a categoria, mas também combater a desigualdade social. É por isso que estamos aqui batalhando contra a segunda maior taxa de juros do mundo, porque uma taxa menor representa mais emprego, maior capacidade industrial e mais qualidade de vida para a classe trabalhadora”, conclui Luis Carlos dos Santos, secretário de Finanças da instituição.

 

Como a Selic afeta a população

 

Por meio da imprensa e do boletim Focus, que é produzido somente escutando o mercado financeiro e não a população, o Banco Central tem indicado que irá manter a Selic em 10,5% até o final do ano.



Como a Selic é base para a definição de outras taxas da economia brasileira, incluindo a dos bancos, a manutenção do índice elevado impacta negativamente o desenvolvimento do país, como explica a economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Vivian Machado.



A Selic é o principal índice de negociação dos títulos públicos, a alta dos juros básicos aumenta os gastos públicos. Só no ano passado, que foi um período em que a taxa básica começou o ano em 13,75% e terminou em 11,75%, o governo brasileiro pagou cerca de R$ 700 bilhões com juros dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, o que significa drenar dinheiro público que poderia ser investido em setores fundamentais, como Saúde, Educação e Segurança, para o mercado financeiro.

 

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