DESTAQUENotícias

Sindicato se une a movimentos sociais e estudantis contra a alta da taxa de juros, em frente ao Banco Central

O Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região esteve em frente à Sede do Banco Central, em São Paulo, nesta terça, dia 18, ao lado de movimentos sociais, dos trabalhadores e estudantis para pressionar o Copom no dia em que seus integrantes se reúnem para definir a taxa de juros, responsável por manter o país entre os mais caros para se viver em todo o planeta.


Selic é o nome oficial da taxa básica de juros do Brasil, que atualmente está fixada em 13,25% ao ano, e é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias para reavaliar o índice. Há pelo menos dois anos, a entidade mantém a Selic acima dos dois dígitos, posicionando o Brasil como o segundo país com a maior taxa de juros reais no mundo, considerando a diferença entre a Selic e a inflação projetada.

 

“Hoje nós nos reunimos no coração da avenida Paulista para protestar contra essa taxa abusiva, que tem impedido o desenvolvimento do país, o crédito barateado para a população sobreviver para poder empreender de fato e nós temos a grata satisfação de estarmos acompanhados pela juventude, uma juventude engajada nessa luta por um Brasil melhor. Nós estamos na rua exigindo a baixa da taxa Selic, é preciso ouvir a população”, pontuou o secretário de Comunicação do Sindicato, João Cardoso.

 

Apesar de não ser um país desenvolvido e enfrentar desafios para superar a desigualdade social, o Brasil é considerado um país caro para se viver e, isso, devido aos juros altos, que estão entre os mais caros do mundo.

Abaixo, Roberto Leite, secretário de Formação


Descontando a inflação, o juro real do país está em torno de 9,18%, perdendo apenas para a Argentina, onde o índice está em cerca de 9,36%.

Abaixo, Luís Carlos dos Santos, secretário de Finanças

 

BC refém do mercado

A expectativa sobre o resultado da reunião do Copom, que será concluída amanhã (19), é de aumento de 1%, o que resultará em uma Selic de 14,25%.

O Banco Central deveria agir com responsabilidade em relação à população, à qualidade de vida e ao crescimento do país, mas isso não vem acontecendo. Quando os membros do Copom justificam, em ata, o aumento dos juros com base na orientação do mercado, fica evidente que não há autonomia, e sim uma dependência de um pequeno grupo. Esse grupo defende a necessidade de controle da inflação, porém, a alta dos preços não é causada pelo consumo excessivo da população, mas por fatores externos que poderiam ser resolvidos de outras formas, sem comprometer o poder de compra.

 

Abaixo, Silvana Kaproski, secretária de Relações Sociais e Sindicais

 

Com informações da Contraf-CUT 

Confira a galeria de fotos da atividade:



loading