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Bancári@s de Guarulhos e Região participam de ato contra taxa de juros abusiva em frente à sede do Banco Central, na avenida Paulista

A diretoria do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região foi à avenida Paulista na manhã desta terça, 14, para participar de um ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) para protestar contra a taxa básica de juros (Selic)  imposta pelo Banco Central, cravada em 13,75%, a mais alta do mundo. A categoria uniu-se e tomou as ruas com protestos realizados em todo o país, além de invadir as redes sociais com a hashtag #JurosBaixosJá.




“Os trabalhadores são os que mais sofrem, pois são eles quem pagam os altos juros para os banqueiros. São eles que sofrem com o crediário e o financiamento, por isso estamos nas ruas para lutar pelo crescimento do país e para que esse governo que elegemos consiga colocar em prática o que foi oferecido ao povo brasileiro: igualdade de oportunidades. O Banco Central precisa estar junto, em sintonia com o governo, caso contrário, basta o seu presidente Campos Neto entregar sua renúncia e desocupar o cargo para que alguém capacitado trabalhe pelo povo brasileiro”, pontuou Wanderley Ramazzini, presidente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região. 

 



Entenda o embate entre governo Federal x Banco Central 



Atualmente, cabe ao Banco Central definir a meta de inflação e adotar medidas para alcançá-la e para, teoricamente, controlar os índices aumenta a taxa Selic (taxa básica de juros da economia). 

 

Porém, a adoção dessa política faz com que os juros dos empréstimos, financiamentos e crediários também aumentem, prejudicando a classe trabalhadora como um todo, mas também os investimentos do governo.

 

O presidente Lula briga para reduzir a taxa Selic e, consequentemente, reforçar os programas sociais e aumentar os investimentos públicos, para que a economia possa crescer de maneira saudável. 



De outro lado, o Banco Central (através de seu presidente Campos Neto) alega que a projeção de mais investimentos pelo governo pressionam o órgão a manter a Selic alta.

 

“Esses juros altos prejudicam os investimentos e o poder de compra das famílias, trabalhadores e trabalhadoras perecem com o endividamento enquanto banqueiros e grandes empresários lucram. A conta é simples”, explicou Ramazzini. Quanto mais os juros crescem, mais o governo gasta para pagar a dívida pública, sobrando menos recursos para investir em escolas, hospitais, infraestrutura e etc.

 

Importante destacar que a autonomia do Banco Central é apoiada pelos grandes bancos, que lucraram em 2022 a bagatela de R$96,2 bilhões (somando apenas os lucros do Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander, sem a Caixa Econômica Federal), um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior. 

 

Lideranças bancárias

 

Várias outras lideranças sindicais dos bancários participaram dos protestos. Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, que esteve no ato em São Paulo, “o protesto da categoria em frente ao BC é contra a política fascista que mantém a economia estagnada e prejudica o desenvolvimento da política de Estado e de bem-estar social”.



O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, disse, também em São Paulo, que “o que se pede é a redução dos juros e a discussão a autonomia do BC. Temos que fazer esse difícil debate para que todos entendam como os juros afetam nosso dia a dia, seja na fatura do cartão ou no limite do cheque especial”. Para Walcir, a questão afeta toda a estrutura produtiva do país. “Não é possível ter um governo eleito com uma política desenvolvimentista e uma política econômica que segue o caminho contrário”, concluiu.

 

 

Tuitaço rende sexto lugar no trend topics

 

A força da categoria também foi demonstrada através de um tuitaço realizado simultaneamente aos atos presenciais espalhados pelo país. Entre 11h e 12h, a hashtag #JurosBaixosJá alcançou o sexto lugar entre os assuntos mais comentados no Brasil.

 

Confira galeria de fotos do ato abaixo:




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