Desemprego aumenta com Reforma Trabalhista e atinge 12,7 milhões de brasileiros
O Governo golpista prometeu aos quatro ventos que a Reforma Trabalhista que retirou direitos de trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, mas três meses após entrar em vigor, o número de desempregados no Brasil bateu a casa dos 12,7 milhões de pessoas entre os meses de novembro de 2017 e janeiro de 2018., de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 28, e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e usou períodos móveis, e não trimestres tradicionais. Tal pesquisa comprova o que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) denunciou durante toda a tramitação do projeto no Congresso: o que gera emprego não é a flexibilização da legislação trabalhista, mas sim uma economia forte, com projetos de investimentos públicos e privados.
Carteira assinada cai e informalidade aumenta – O número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada caiu 1,7% entre novembro de 2017 e janeiro de 2018 e o emprego informal continua ditando a regra.
Nesse período, foram gerados 5,6% de empregos sem carteira assinada e 4,4% das chamadas vagas por conta própria, ou seja, bico que os trabalhadores e trabalhadoras são obrigados a fazer para sobreviver com o mínimo de dignidade.
Segundo o IBGE, na comparação com o trimestre anterior, tanto o número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,3 milhões) e sem carteira assinada (11 milhões) quanto o de trabalhadores por conta própria (23,2 milhões) ficaram estáveis.
Taxa média de desemprego – De 2014, quando a taxa de desocupação atingiu o menor patamar (6,8%), para 2017, são quase 6,5 milhões de desempregados a mais, um aumento de 96,2%.
O país fechou o ano com 13,2 milhões de pessoas sem emprego. Setores importantes da economia, da agricultura, da indústria e da construção foram os que mais perderam postos de trabalho.