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Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela são comemorados nesta terça, 25 de julho

O 25 de Julho foi o escolhido para homenagear a luta contra a opressão de gênero e de raça por ser o dia em que comemora-se o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, data sancionada através da lei nº12.987/2014, e incluídas no calendário de lutas por trazerem visibilidade à luta das mulheres pretas e em defesa de seus direitos. 



Considerada um marco na luta contra o racismo, a data é também uma oportunidade para refletir sobre o assunto, pois a violência e a desigualdade nos mostram a realidade que atinge massivamente a população negra. De acordo com Associação de Mulheres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas (54% da população) se identificam como negras. E  tanto no Brasil quanto fora, esse grupo é o que mais sofre com as desigualdades socioeconômicas e raciais.



No Brasil, mesmo correspondendo a 53% da população, o povo preto ainda batalha por igualdade e contra discriminações, inclusive nas representações no Legislativo, Executivo, Judiciário, no audiovisual, na música, cultura e em tantas outras áreas, mesmo que componham maioria populacional, estão sub-representados. Se abordarmos a questão de gênero, a diferença é ainda mais expressiva.



Números da violência

 

Segundo relatório divulgado recentemente pela Anistia Internacional, com dados de 150 países, no primeiro semestre de 2022, quatro mulheres foram mortas por dia no Brasil, totalizando 699 feminicídios, sendo que as mulheres negras representam 62% do total de vítimas.


No setor bancário, a mulher preta representa somente 1,1% das que estão em cargos de liderança. Além disso, a remuneração média da mulher preta bancária é, em média, 40,6% inferior à remuneração do homem bancário branco.

 

Quem foi Tereza de Benguela?

Tereza de Benguela foi uma líder do quilombo Quariterê, e viveu no século XVIII. Depois da morte do companheiro José Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e através de sua liderança  resistiram à escravidão por duas décadas até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças do governador da capitania do Mato Grosso, Luiz Pinto de Souza Coutinho. Parte da  população (79 negros e 30 índios) foi assassinada e outra, aprisionada.

 

 

Julho das Pretas comemora sua 11ª edição em 2023

 

Neste ano, com o tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, o Julho das Pretas está realizando pelo menos 446 atividades, organizadas por 230 entidades em 20 estados e o Distrito Federal. O movimento busca promover o debate sobre a necessária reparação para a população negra, vítima de injustiças desde a origem de sua trajetória histórica, com comunidades inteiras sequestradas em sua terra de origem, a África, para serem escravizadas nas Américas. Outro ponto é a difusão e organização da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que será em 2025. A 1ª Marcha ocorreu em 2015, em Brasília.

 

 

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