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Fruto de intensa luta, voto feminino completa 91 anos nesta sexta, 24

O direito ao voto pelas mulheres é fruto da vitória de uma árdua batalha e foi conquistado há apenas 91 anos. Em 24 de fevereiro de 1932 o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino, mas ainda parcialmente: mulheres casadas (com autorização dos maridos) ou viúvas com renda própria. Apenas em 1934 as limitações foram extintas, com a inclusão do direito na Constituição Federal.

 

Quem acompanha a luta feminina por equidade de direitos e o espaço que a discussão tomou atualmente não faz ideia do quão recentes são algumas conquistas e o quanto o feminismo é importante para a manutenção de todas elas.

 

E na luta para exercer o direito que deveria ser de todo cidadão e cidadã, duas mulheres se destacaram: a professora Celina Guimarães Viana e a advogada Berta Lutz. A primeira por conseguir o registro para votar ainda em 1917 e a segunda por participar das primeiras entidades de defesa dos direitos das mulheres no Brasil.

 

Foi a partir daí que surgiram movimentos que envolviam a discussão política, social, econômica e comportamental com a mobilização de greves com a participação das trabalhadoras.

 

“Não há direito garantido, não podemos baixar a guarda em nenhum momento, mas é preciso valorizar cada pequena conquista e o direito ao voto merece ser lembrado e comemorado”, lembrou a coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, Sara Cristina Lee Soares.

 

A luta não acaba – somamos avanços, mas a luta se faz necessária em todos os campos. Exemplo disso é que as mulheres buscam ocupar espaços onde a representatividade feminina é pequena, como em cargos eletivos.

 

Elas são 53% do eleitorado, mas ocupam a minoria das vagas. A lei já sofreu alterações para que haja maior equidade e os partidos precisam ocupar, no mínimo, 30% das vagas com mulheres. “As legendas precisam agora entender a importância da participação feminina na política, apoiem suas lutas dêem visibilidade ao trabalho para que elas disputem cargos eletivos com homens de igual para igual”, disse Sara. “O desemprego nos atinge de maneira mais feroz, somos vítimas de violência dentro e fora de casa, chefiamos famílias ganhando salários menores que os homens e tudo isso só nos mostra o quanto a estrada é longa”, completou.

 

Crédito imagem: Imagem de <a href=”https://br.freepik.com/fotos-gratis/grupo-de-ativistas-protestando-juntos_6594454.htm#query=Voto%20feminino&position=2&from_view=search&track=ais”>Freepik</a>

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