Omissão dos Governos Federal e Estadual é responsável por pânico após morte por febre amarela em Guarulhos
Os primeiros casos de febre amarela em macacos na cidade de São Paulo foram registrados em outubro de 2017. Matérias publicadas na época já mostravam o receio dos especialistas, que não descartavam um surto da doença no Estado. Eram necessárias ações de contingência e informações confiáveis para que a população pudesse se sentir segura, mas ao invés de vir a público, as autoridades calaram-se. Michel Temer, Geraldo Alckmin e, porque não, João Dória em São Paulo e Guti em Guarulhos, são responsáveis pela propagação do pânico, o que nos leva a crer que o quadro piorou de tal maneira que a expansão da febre amarela fugiu do controle dos Governos Federal, Estadual e também Municipal.
Três meses após os primeiros registros permanece a falta de informação e a má organização na distribuição das doses disponíveis, ingredientes que, aliados à notícia do falecimento de um morador de Guarulhos após visita à Mairiporã, geram caos e medo.. Em todo o Estado, 36 mortes já foram registradas.
Nas mais de 30 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que estão vacinando no município a situação é a mesma: filas a perder de vista, acampamento para tentar garantir a imunização e, em muitos casos, a frustração pela vigília ter sido em vão.
Enquanto isso, Temer e Alckmin divulgam que não faltará vacina contra a doença em todo o Estado, o que vai contra comunicado divulgado pela Prefeitura de Guarulhos na quarta-feira, 17, informando que há poucas doses disponíveis. Com a falta de vacinas e o pânico instalado, guarulhenses, paulistanos e moradores da Grande São Paulo têm migrado para Mairiporã, Atibaia e até Franco da Rocha em busca de imunização.
Para gerenciar a crise na saúde, é preciso que secretaria estadual e Ministério da Saúde venham a público e esclareçam quais são os planos para contingenciar a doença, que se alastra e faz cada vez mais vítimas, caso contrário a insegurança não tem data para acabar.