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Saúde Caixa: após mobilização, categoria conquista avanços em negociação com o banco

Em reunião realizada nesta quarta (1), as representações dos empregados da Caixa obtiveram avanços nas negociações com o banco, visando a renovação do acordo específico referente ao plano de saúde. 

 

“Avançamos para resolver o déficit de 2023 usando as reservas técnicas e de contingência e a Caixa se comprometeu a incorporar toda a despesa de pessoal deste ano. Resolvendo essa situação, vamos fazer o debate sobre o futuro do plano para 2024”, destaca a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

 

A retomada das negociações com o banco foi solicitada pelo comando, e aceita pelo banco após as mobilizações dos empregados. Além da presidenta da Contraf-CUT, participaram também da reunião a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo de Osasco e Região e também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro; os membros da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa); os diretores da Fenae, Sergio Takemoto, e Leonardo Quadros; e o vice-presidente de Pessoas da Caixa, Sergio Mendonça, e integrantes da comissão de negociação da Caixa.

 

Na mesa, os representantes dos empregados reforçaram a necessidade de o banco incorporar não somente a despesas de pessoal de 2023, como também dos dois últimos anos – 2022 e 2021, que foram indevidamente incluídos nas despesas administrativas com o plano de saúde. Somados os três anos, o valor referente a despesa de pessoal chega a cerca de R$ 192 milhões o que cobriria todo o déficit projetado para o ano.

 

“Nós avançamos em um tema que está causando grande preocupação entre os empregados da Caixa ativos e aposentados. Esperamos na reunião agendada para a próxima semana avançar mais em uma proposta para ser avaliada em assembleias”, acrescentou a presidenta da Contraf-CUT.

 

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Fabiana Proscholdt, destacou a importância dos avanços conquistados na negociação. “Iniciamos a reunião com um cenário desfavorável aos usuários do plano de saúde. O efeito do déficit deste ano poderia impor aos empregados o pagamento de 4,5 contribuições extraordinárias para sua recomposição. Com as alternativas discutidas evitamos estas contribuições, e seguimos com as premissas originárias do Saúde Caixa de mutualismo, da solidariedade e do pacto intergeracional”, reforçou.

 

Na negociação, a Caixa apresentou como base para futura proposta para ajustar a situação financeira do plano a cobrança de mensalidades de todos os dependentes dos titulares.

 

Os representantes dos empregados solicitaram mais informações sobre o impacto dessa medida para o custeio, e na próxima negociação, agendada para quinta-feira da próxima semana, 9 de novembro, os dados devem ser apresentados. “Pontuamos que o processo de fechamento de acordo passa por medidas que não comprometam a renda das pessoas e nem torne inviável o uso do Saúde Caixa por todos”, disse Fabiana Uehara. Os representantes da empresa ficaram de apresentar simulações.

 

Para a mesa, a negociação foi um grande avanço. No início, a cobrança era de uma resolução para o déficit e que a Caixa assumisse as despesas administrativas. A Caixa propôs o uso das reservas e também assumir as despesas de pessoal. Como contraproposta, foi pedido que a Caixa incorporasse as despesas de pessoal dede 2021.

 

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, também avalia que as tratativas com a Caixa avançaram por conta da forte mobilização realizada pela categoria na última segunda (30). “É fundamental que os empregados e aposentados continuem mobilizados em defesa dessa que é sem dúvida uma das nossas principais conquistas. A sustentabilidade e viabilização do plano de saúde para todos representa a valorização e reconhecimento dos empregados para a Caixa e o Brasil”, enfatizou o dirigente.

 

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, também reforçou a importância da mobilização. “Nós temos feitos mobilizações em defesa da Saúde Caixa. Fizemos um dia de luta forte. Temos expectativa de que a gente saía com uma proposta para levar às bases, que solucione os problemas do plano de saúde, o mantenha sustentável e respeite o pacto intergeracional”.

 

Na reunião, a Caixa se comprometeu a repassar com periodicidade as informações financeiras e atuariais do plano, para que os empregados possam realizar de forma contínua seu acompanhamento. 

 

O vice-presidente de Pessoas da Caixa, Sergio Mendonça, disse que recebeu o aval do novo presidente do banco, Carlos Vieira, para dar continuidade com as negociações e apesar do momento ser de transição, está empenhado para o fechamento de um acordo até o fim do mês. O acordo específico do Saúde Caixa vence em dezembro deste ano.

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