Mulheres

Execução de Marielle Franco abala o Brasil

A terça-feira, dia 14, estava chegando ao fim, mas uma execução não permitiu que ela terminasse para Marielle Franco, vereadora eleita com 46 mil votos no Rio de Janeiro. Marielle era filha do subúrbio carioca, mulher, negra e defensora dos direitos humanos, bandeira que a levou à Câmara dos Vereadores e foi assassinada um dia após denunciar a violência policial no Rio. “Quantos terão que morrer para essa guerra acabar?”, questionou na véspera de sua morte.

 

A vereadora foi morta a tiros no mês que discute a luta das mulheres pela igualdade e contra a violência e o feminicídio. Faleceu no bairro do Estácio, Centro do Rio de Janeiro, e com ela um pai de família também se foi, Anderson Pedro Gomes, seu motorista.

 

Não há sinal de assalto e são poucas as informações sobre a autoria do assassinato, mas as evidências indicam claramente que Marielle e seu motorista foram executados. As marcas dos tiros, concentradas na parte posterior da janela do banco traseiro, onde ela viajava, indicam que havia um alvo determinado e premeditado. E, quatro dos nove tiros dirigidos contra a vereadora atingiram sua cabeça.

 

Marielle estava indo para casa, no bairro da Tijuca, zona norte, voltando de um evento chamado “Jovens negras movendo as estruturas”, na Lapa, quando teve o carro emparelhado por outro veículo.

Antes de seu primeiro mandato como vereadora, Marielle, de 38 anos, vivia e atuava na comunidade da Maré, zona norte do Rio. Ela era socióloga, com mestrado em Administração Pública.

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