Aprovado! Bancários e bancárias aceitam proposta com aumento real e garantia de direitos
Após dois meses, a Campanha Nacional Unificada 2018 dos bancários e bancárias está encerrada na base de Guarulhos e Região. A ampla maioria dos trabalhadores presentes à assembleia desta quarta-feira, dia 29, aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com aumento real e garantia dos direitos. O acordo valerá por dois anos e contempla reposição da inflação, mais 1% de aumento e manutenção da CCT também em 2019.
Os bancários e bancárias garantiram aumento real de 1,18% (maior do que a maioria das categorias que já encerraram suas campanhas salariais), e reposição da inflação (projetado em 3,78% pelo INPC), aumento que incide também nos vales-refeição, alimentação, auxílio-creche e para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e, também, na parcela adicional de PLR de R$4.711,52.
“Pressionamos bastante os bancos, com o apoio da categoria, e diante do cenário e da Reforma Trabalhista conquistamos uma grande vitória”, explicou o presidente do Sindicato, Luis Carlos dos Santos.
CCT e aumento real garantidos por dois anos
No atual cenário de retirada de direitos, um acordo de dois anos garante aos trabalhadores, até 2020, todas as conquistas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho para todos os empregados de bancos públicos e privados em todo o Brasil.
Caso, nas eleições de outubro, a população eleja um governo federal e um Congresso Nacional mais progressistas, que respeite os trabalhadores, poderemos retomar os debates para ampliar direitos, e contra a extinção de determinações, como a da CGPAR que busca encarecer os planos de saúde para os trabalhadores de empresas públicas.
“Em 2016, os bancários assinaram acordo de dois anos e isso se mostrou uma decisão muito acertada. Foi graças a isso que a categoria, mesmo após as alterações da lei trabalhista do pós-golpe, garantiu direitos e o cumprimento da CCT nos anos de 2017 e 2018. Temos, ainda, diante da incerteza de como estará o Brasil nos próximos anos, garantia de direitos para os empregados dos bancos públicos e privados até setembro de 2020, e o Saúde Caixa até janeiro de 2021, sem alteração no custeio”, destaca a presidenta da Contraf-CUT.
As assembleias que deram início à Campanha Unificada 2018, assim como a Conferência Nacional dos Bancários, estabeleceram a contribuição negocial de 1,5% (com teto) para o financiamento da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Esse valor será menor do que a soma do imposto sindical (de 3,33% ou um dia de trabalho em março, sem teto) e da contribuição assistencial que variava entre 6,5%, 4%, 3%, 2,5% a 1,5% (em alguns sindicatos sem teto para a cobrança) cobrados antes do desmonte trabalhista.