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Banco do Brasil pede perdão ao povo preto por atuação durante a escravidão

Tarciana Medeiros, a primeira presidenta mulher negra do Banco do Brasil, pediu desculpas ao povo preto neste sábado, 18, pela forma como a instituição financeira agiu durante o período da escravidão no país. A nota foi divulgada no site do BB juntamente com o anúncio de medidas para promoção de igualdade e inclusão étnico-social para o combate do racismo estrutural.

 

O pedido faz parte de um acordo entre BB e Ministério Público, que solicita que o banco também reconheça sua participação durante o período de tráfico e escravização de pessoas e apresente um “plano de reparação”. 

 

“Direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povo negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país”, afirmou Tarciana.

 

A presidente do BB disse que o banco não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa.

 

“Mas o simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, destacou.

 

Conheça as medidas adotadas pela instituição para promoção da igualdade na instituição:

 

  • Fomento ao mercado de trabalho para o povo negro – novas licitações terão cláusula para fomentar diversidade nas empresas contratadas.
  • Parceria para encaminhar jovens do programa Menor Aprendiz para o mercado de trabalho
  • Workshop sobre a promoção da diversidade, equidade e inclusão com estatais e fornecedores
  • Prêmio Fundação BB de Tecnologia social terá como critérios projetos que preguem igualdade de gênero, racial e povos tradicionais
  • Criação do Edital de Empoderamento Socioeconômico de Mulheres Negras
  • Fundação Banco do Brasil vai retomar o “Projeto Memória: Lélia Gonzalez”, em ação que vai promover estratégias de reflexão e conscientização sobre a estrutura e o funcionamento do racismo e sexismo na sociedade
  • Investimento em pesquisas aplicadas à temática racial e que apresentem mecanismos de aceleração de representatividade e combate à discriminação no Brasil
  • Programa Aceleração “Raça é Prioridade” vai selecionar e desenvolver a carreira de 150 funcionários pretos e pardos do BB
  • Lançamento do programa “Mentoria Liderança Negra”, com objetivo de aperfeiçoamento de competências de liderança de 300 profissionais do banco
  • Apoio e participação na realização do Movimento Black Money (MBM) Inovahack, com objetivo promover a inclusão financeira e econômica da população negra
  • Apoio ao Festival de Gastronomia Preta
  • Apoio a projetos que valorizem a inclusão e a acessibilidade e que ofereçam caminhos para compreender a construção contemporânea de identidades

 

Fonte: Portal A Postagem

 

 

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