Com aumento de taxas e diminuição de programas sociais, Caixa fatura R$12,5 bilhões em 2017
As custas do povo e de seus clientes, a Caixa Econômica Federal (CEF) lucrou R$12,5 bilhões em 2017, um aumento de 202,6% em comparação ao ano anterior e o maior da história da instituição.
A Caixa é o banco gestor do programa social Bolsa Família e de outros 26 programas de transferência de renda. Em 2016, desembolsou R$28,5 bilhões para pagamentos, já em 2017 esse valor caiu para a casa dos R$21,2 bilhões de reais.
Além disso, o banco aumentou suas taxas de juros e as receitas obtidas através da prestação de serviços e com as tarifas bancárias em 11,5%, um total de R$25 bilhões.
Já a carteira de crédito sofreu queda de 0,4% em 12 meses, mas a queda para pessoa física foi de 8,6% em relação a 2016, atingindo um valor de R$93,7 bilhões. Com relação à pessoa jurídica, o corte foi ainda maior, de 23,1%, somando R$68,1 bilhões.
As vagas encerradas também foram importantes para o maior lucro da história da Caixa. De 2014 a 2017, 14 mil trabalhadores deixaram a empresa, por demissão voluntária ou aposentadoria, e que não foram repostos. Em janeiro de 2018, outros 1.600 funcionários já deixaram o banco e até o final deste semestre esse número pode chegar a 16 mil.
O próprio banco aponta que o resultado deve-se à limitação da folha de pagamento e com oferta de assistência à saúde dos empregados, ou seja, assume que o lucro foi obtido as custas de seus empregados.
A Caixa encerrou 2017 com o fechamento de 18 agências, 55 lotéricas e 1.737 correspondentes “Caixa Aqui”.