Caixa Econômica FederalDESTAQUE

Governo cede a pressão do Centrão e demite Rita Serrano; Carlos Antônio Vieira Fagundes assume presidência da Caixa

Imagem: Ricardo Stuckert/PR

Rita Serrano não é mais presidenta da Caixa Econômica Federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cedeu a pressão do bloco do Centrão e demitiu a funcionária de carreira de suas funções nesta quarta, dia 25. No lugar de Rita assume Carlos Antônio Vieira Fernandes, aliado de Lira, e funcionário de carreira do banco que já trabalhou com integrantes do PP.

 

Wanderley Ramazzini, presidente do Sindicato d@s Bancári@s de Guarulhos e Região, criticou a troca feita pelo governo, frisando a importância de ter uma mulher no comando do maior banco público do país. “Rita estava empenhada e trabalhando muito para mudar a realidade da Caixa, para alterar a política de assédio moral e sexual pelo qual o banco ficou marcado na última gestão. Tirá-la nesse momento é um erro, colocar um homem em seu lugar é um erro ainda maior, apesar de algumas críticas com relação ao seu trabalho,  tínhamos a certeza de que havia diálogo e uma escuta atenta aos problemas da categoria”, comentou.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, criticou a troca na presidência da Caixa Econômica Federal de Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes. “As mulheres foram responsáveis por aproximadamente 60% dos votos de Lula nas últimas eleições. É ruim a substituição de uma mulher por um homem na presidência da Caixa”, disse Juvandia. “Não vamos aceitar que a política do governo passado seja implementada na empresa, como o desmonte da empresa e da sua função de banco público. Nem retrocessos na política da gestão de pessoas”, completou, ao ressaltar que trata-se de uma mulher a menos no governo.

Fabiana Uehara Proscholdt,  coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados, destacou também a importância do papel social da Caixa. “Para que não haja risco na execução de políticas sociais prioritárias para o governo, como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e a própria política de financiamento habitacional do banco, entre outras, a Caixa não deveria ser usada como moeda de troca”, disse , lembrando que em gestões passadas o banco já serviu como moeda de troca e teve sua gestão investigada e sua imagem prejudicada.

 

Fonte: Contraf CUT

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

loading