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Projeto que visa censurar debate nas escolas esquenta sessões da Câmara

Calar a voz da juventude, diminuir a participação dos nossos filhos e filhas nas discussões escolares e censurar o debate nas instituições de ensino. Esse é o objetivo do Projeto de Lei 1.470/2018, idealizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e apresentada pelo vereador Laércio Sandes (DEM), conhecido como Escola Sem Partido (ou lei da Mordaça) e que tem movimentado as sessões na Câmara Municipal de Guarulhos.

 

De acordo com o vereador José Luiz (PT), a proposta é inconstitucional e deveria ser apresentada em esfera Federal, por tratar-se de matéria que envolva diretrizes de educação. “Além disso trata-se de uma aberração e verdadeira violência contra as funções dos educadores, já que propõe controle, censura e intervencionismo na didática pedagógica desenvolvida pelo educador em sala de aula”, declarou.

 

Ainda segundo o vereador, a PL é um retrocesso e nos remete aos tempos sombrios da ditadura. “Quem defende a aprovação dessa lei não deve se lembrar de como os professores eram tratados na ditadura, quando o regime militar destacava o ‘bedel’, uma espécie de delator, que entregava os educadores que debatiam com seus alunos em sala de aula e os entregava para serem torturados. Não podemos permitir tamanha regressão em nossos direitos, lutaremos contra essa PL até o fim”.

 

Os sete vereadores de oposição ao governo Guti devem votar contra o projeto, que só deve ser colocado em plenário após passar pelas comissões da Câmara, o que ainda não tem data para acontecer.

 

Truculência – Na sessão da última quinta-feira, dia 3, foi marcada por violência e truculência. Munícipes que estiveram na Câmara para posicionar-se contra o PL foram agredidos pela Guarda Civil Municipal (GCM) com tiros de bala de borracha, deixando claro que age a mando do governo municipal contra aqueles que ousem discordar de projetos que impactem diretamente a sua vida ou a de seus filhos.

 

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