Reforma trabalhista

Bancários sentem na pele os efeitos da Reforma Trabalhista

A cada dia que passa fica mais claro a quem o Governo golpista e sua base aliada serviram ao aprovar a Reforma Trabalhista e seus ataques aos trabalhadores. Bancários e bancárias do Banco Santander, por exemplo, já sofrem os efeitos das novas regras trabalhistas com a divulgação de um termo individual, através de assinatura eletrônica no Portal RH, estabelecendo normas para o seu banco de horas.

 

No documento, fica estabelecida a possibilidade de prorrogar em até duas horas a jornada de trabalho e a compensação dessas horas extras será feita em até seis meses e não mais em um mês, como acontecia até a Reforma Trabalhista entrar em vigor. Na prática, o Santander está flexibilizando a jornada, evitando a contratação de mão de obra e desrespeitando o processo negocial, numa tentativa clara de desvincular o profissional de seu Sindicato. Além disso, Santander e Itaú já estariam fracionando as férias dos bancários e bancárias em períodos de 10 dias cada, conforme prevê as novas regras em vigor desde 11 de novembro.

 

Outra medida adotada pelos bancos é a mudança na Comissão de Conciliação Voluntária (CCF), um fórum extrajudicial facultativo, onde o funcionário pleiteia suas verbas salariais e outros direitos sem recorrer à Justiça, mas com o apoio do Sindicato. Os banqueiros pretendem afastar o Sindicato dessa negociação, numa clara tentativa de afastar profissionais e instituição. “Essas imposições já são reflexo da Reforma Trabalhista e provam que os maiores interessados nas mudanças na lei eram os banqueiros e os grandes empresários, numa clara tentativa de arrochar direitos e alavancar seus lucros, mas não vamos esmorecer. Cobraremos que o Santander reveja sua posição e nos manteremos sempre próximos de nossa base, para auxiliar e dar apoio, quando necessário”, concluiu Luis Carlos dos Santos, presidente do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região.

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