Caixa ameaça extinguir PLR e PLR Social após implantação de bônus discriminatório
A direção da Caixa Econômica Federal (CEF) tem agido na surdina, prejudicando bancários e bancárias que trabalham pelos resultados da empresa. Prova disso é que em dezembro passado, a CEF definiu regras para o pagamento de um bônus que, ao contrário da PLR E PLR Social, discrimina parte dos funcionários. Tal ação foi planejada e colocada em prática sem qualquer negociação com o Sindicato da categoria.
O bônus abrange o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado e a apuração para efeito do pagamento acontece após a divulgação do resultado operacional do ano passado, mas já é sabido que apenas gerentes, superintendentes, coordenadores e supervisores receberão a remuneração, o que exclui automaticamente empregados que ocupam funções como auxiliar de atendimento, assistente e caixa.
Visando valorizar os bancários e bancárias e a evitar discriminação, o movimento sindical enviou oficio ao banco para cobrar a suspensão do programa, mas até o momento o silêncio é a posição oficial da CEF.
Além da venda de produtos, o Bônus Caixa leva em conta aspectos da rotina de trabalho, como economia de horas extras nas agências. Essa é uma das razões da Caixa estar sendo denunciada no Ministério do Trabalho por registro irregular, pois essa prática pressiona os empregados a continuarem trabalhando sem registrar o período a mais no ponto.
Direção ameaça PLR Social e a PLR – Diferentemente do Bônus Caixa, a PLR remunera todos os empregados. Resultado de mobilização dos trabalhadores ao lado do movimento sindical, a PLR passou a ser paga pela Caixa em 2004, seguindo a regra dos demais bancos. Além disso, o banco público distribui, desde 2011, 4% do lucro líquido entre todos os trabalhadores. Fruto da Campanha Nacional do ano anterior, a chamada PLR Social leva em conta funções sociais da Caixa, como o atendimento à população.